Manoel Moreira – (...
) O Paulo disse vou escrever uma peça pro
Quem Mandou Chamar?! contando a
história da cidade (...) O Paulo começou a conversar com alguns historiadores,
fazer uma pesquisa de biblioteca, (...) para fazer um espetáculo
contando a história da cidade, desde a fundação até a atualidade. O que a gente
faz? Vai ter o aniversário da cidade em abril, a Prefeitura tem que fazer um
evento, a classe teatral tem que fazer um evento, tem que ser alguma coisa
grande, uma coisa de massa, alguma coisa que envolva muita gente, (...) Aí eu sugeri pro
Paulo: (...) Por que você não transforma isso num épico? Num espetáculo
com mil atores? (...) Ele falou:
- Como?
- (...) Pega as arquibancadas do carnaval,(...) faz um
semi-círculo no Paço Municipal e monta uma peça lá dentro.
- Ah mas isso é
impossível.
- Paulo, claro que é possível, é só adaptar o roteiro. Você não tem
texto mesmo, você pega as cenas, os quadros, você pode adaptar. Aí ele se
convenceu disso (...) Estávamos
conversando, em outro momento, estava o Dirceu
Demarchi, o Paulo disse:
- Então, vou escrever o roteiro. O Dirceu:
- Então, eu dirijo,
- (...) Então, eu faço a coreografia, e a preparação corporal.
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dgabc 28.1.1990 |
Solange Dias – Eu lembro até hoje, a
gente fazia a grande roda no Paço Municipal, com (...) mais de 100 pessoas. Fazendo Tóc Patóc, fazendo oito, oito, fazendo tapa de selo, tudo era novidade. Era muito legal, porque a gente começou a perceber que fazer teatro podia ser
gostoso, não precisava ser inteligente, só, não. Não precisava só me mostrar
inteligente, podia brincar.
Carro oficial na cena de abertura "O Vira" direção de Ezer Valim e Adélia Nicolete.
Paulo Marchesan - (...) acho, que o que é
interessante no “Quase...” é que ele consegue, um pouco, juntar as histórias
passadas. Porque vieram alguns velhos, Wagner (Wagner Cavalleiro),
Rachel (Rachel Almeida), estou eu, tá o Dirceu (Dirceu Demarchi), que (...) se junta com
quem (...) vinha fazendo mais recentemente, vinha pesquisando. Interessante, o pessoal do Abaporu (...) Pós-Tumo e Diluto
já vinham de cinco anos, e o Pós-Tumo tinha
antecessor... Então, (...) representamos o teatro na mesma época, e
não sabíamos um do outro, nos desconhecíamos.
Cássio Castelan (de costas) dirige a cena "A Missão".
Solange Dias, sentada ao fundo, observa o ensaio da cena "A Missão".
Com suas vassouras/tochas: Samuel Vital, Cássio Castelan e Cleiton Pereira.
Cleiton Pereira - (...) durante
três meses uma respiração do movimento... É engraçado que as cenas competiam
entre elas, tinha o grupo de tal cena, grupo de tal cena, isso se quebrou, pra
mim, no dia em que, (...) a Solange
Dias nos convidou (Samuel Vital,
Cleiton Pereira, Manoel Moreira e Edmar Folguerar) pra acender aquela
fogueira. E olha o que a gente fez? Acendeu a fogueira...
Wagner Cavalleiro no centro orienta sua cena.
Esdras Domingos e Marcelo Gianini conduzem o elenco da cena "300 Anos".
Ezer Valim e
Paulinho Krika tingem figurinos.
Todos na oficina de costura no Parque Duque de Caxias (hoje Celso Daniel).
Edson Magalhães, Antonio Folguerar e
Cássio Castelan encontram soluções.
Paulo Marchesan acompanha a oficina de figurinos.
Marcelo Gianini ajuda na finalização dos adereços da cena "300 Anos".
Samuel Vital – (...)
aquela oficina, eu me lembro, que tinha cenografia,
figurinos, adereços, máscaras... quando você entrava naquele galpão, e via tudo
aquilo funcionando!!!
Esdras Domingos na máquina de costura, finalizando os figurinos.
Um por todos, todos por um; cabelo e maquiagem.
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dgabc 5/6/1990 |
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dgabc 8/6/1990 |
Fotos
Fernando Ferreira dos arquivos pessoais de
Antonio Folguerar,
Paulo Marchesan e
Samuel Vital.